Enfim,
após tanto tempo conheci as famosas serras da belíssima Santa Catarina.
Mas
a ida até lá não foi somente para conhecê-las. Havia outro motivo, decorrente
dessas maravilhosas situações que a vida nos proporciona.
Depois
de ler mandei e-mail ao proprietário do blog pedindo algumas informações,
chegando então até ao Luís (Paulista e, para o azar dele, Palmeirense), o qual
sempre me respondeu com muita atenção e riquezas de detalhes.
Foi
paixão a primeira vista Kkk . Calma galera! Mesmo o nome do meu blog sendo
estranho quando a Maira não está junto, continuo no mesmo time de quando nasci.
Foram
vários e-mails trocados, altos bate papos sobre o que fazer de moto, onde ir,
etc.
E
depois de muita conversa, decidimos no encontrar, surgindo a ideia de irmos até
Urubici, que ficaria no “meio” do caminho para ambos. Agendamos para tanto os
dias 15/16/17 de novembro.
Chegado
o dia, moto aprumada, em torno de umas 9:00 saímos rumo à Urubici.
A
ida resolvi fazer pela 101, pois queria chegar rápido. Fora a tranqueira
absurda da free way e umas erradas dentro da cidade de Criciúma, o resto foi
tranquilo.
Pelo
caminho que escolhi – Urrussanga, Orleans-, já fiz a Serra do Rio do Rastro na
ida.
Impressionante!
Cada curva um cenário mais lindo que o outro.
Necessário
fazer uma observação. O melhor para fazer esse passeio deve ser um final de
semana normal, porque em razão do feriado do dia 15 tinha muita moto e carro
passando por lá. Tinha gente e moto de tudo que era tipo.
Em
razão das inúmeras paradas para olhar e fazer fotos, cheguei em Urubici em
torno das 16hs. O Luís e a “Japa” (Luciana) já estavam lá.
Apresentações
feitas, afinal não nos conhecíamos pessoalmente, e descarregadas as bagagens saímos
para conhecer o Morro da Igreja e a famosa Pedra Furada. No entanto, embora o
caminho seja igualmente lindo até lá, não conseguimos ver, pois o portão do
parque seria fechado. Não sei se é sempre assim (e mesmo agora não pesquisei),
mas fechou às 18hs.
Retornamos.
Mesmo sendo um dia normal, temperatura amena em Urubici, na volta do Morro passamos frio, afinal se sobe até quase 1800m. Aconselho, portanto que sempre que for ao Morro levar uma Jaqueta. Eu se não fosse os aquecedores de manopla colocados dias antes na ST teria passado bastante frio nas mãos, pois na pressa de sair de Urubici esqueci minhas luvas.
Retornamos à pousada (Pousada do Coqueiro: Endereço: Av. Rodolfo Anderman, 986, Urubici - SC, 88650-000 - Telefone:(49) 3278-4272)
A propósito, a pousada: Preço honesto. Quarto com banheiro e lugar para moto. Mas o melhor de tudo é a dona da Pousada, Marlete. Sensacional ela. Sempre atenciosa, carinhosa!
Como o Luís queria comer uma carne, reservamos uma churrasqueira na pousada. Só que chegando lá, vimos que só tem uma churrasqueira, que não parecia ser usada a um bom tempo.
Dona Marlete limpou tudo, deixando espetos e grelha prontos para uso. E além disso, colocou umas cervejas de litro para gelar. Espetáculo!
O churrasco: como meu amigo Luis queria uma carne do rio grande, levei picanha e entrecot na mala da moto.
Sexta-feira perfeita! Novos e especiais amigos e um carne e cerveja gelada.
No sábado acordamos sem muita pressa, embora, pelo que soube, o dia tenha amanhecido com sol, foi fechando até garoar e ficar friozinho!
Tomei “uns mate” e depois um café.
Sobre o café. Além de frutas, sucos, pães, a dona Marlete faz um miiiiissstinho quenteeeee na hora. Pura atenção!
Depois ficamos conversando nos fundos da pousada, até que chegou o Luiz e em seguida a Natasha, casal de Blumenau.
Não sei se outro tipo de locomoção promoveria isso, mas são essas coisas que cada vez mais me apaixono por viagens de moto. A moto tem nos aproximado, certamente pelo assunto comum - a moto- de pessoas maravilhosas. Isso tem acontecido em todas as nossas viagens, e novamente aconteceu com o Luís e Luciana e Luiz e Natasha.
Papo vai, papo vem, lá pelas 14hs o tempo melhorou e aproveitamos para andar. Novamente rumamos para o Morro da Igreja. Embora sem conseguir ver Pedra Furada de forma nítida, pois o tempo estava bastante nublado, pudemos ver uma parte assim que chegamos.
O lugar é lindo!
Tudo calmamente contemplado, feitas as fotos, rumamos para a Serra do Corvo Branco, que fica, o pórtico, a uns 27km de Urubici.Outro
lugar sensacional.
Feitas
as fotos, resolvemos descer a serra – eita serrinha-, e subir a do Rio do
Rastro de novo passando por Grão Pará, Braço do Norte, Lauro Muller.
Do
final da serra do Corvo Branco até Grão Pará a estrada esta ou estava bastante
ruim, mas com calma, e mesmo para amadores como Eu, faz-se tranquilo. E vale à
pena! Paisagens belíssimas.
Pelo
que soube, esse trajeto será asfaltado. Então, quem estiver a fim de conh!cer e
fazer ainda em estrada de chão, faça logo!
Uma
coisa que não gostei, é que fizemos a serra do Rio do Rastro lá pelas 19hs, e
como o tempo estava bastante fechado, com nuvens baixas, Eu enxergava muito
pouco à frente. Além disso, em razão do horário e tempo, ficou bastante frio.
Nesse
dia já notei, e depois confirmei no domingo, na volta a Porto Alegre, a segunda
restrição a minha moto. O farol é muito ruim, especialmente para que teve uma
v-strom. Vou ter que dar um jeito nisso.
Essa
voltinha, entre sair da pousada, ir ao Morro da Igreja e o resto deu em torno
de uns 250km. Ou seja, para não fazer a serra do Rio do Rastro de noite, melhor
sair cedo e reservar, para curtir bem as
paisagens, no mínimo umas 6/7 horas para esse passeio.
Retornamos
à pousada e lá estavam Luiz e Natasha.
Ah,
logo que chegamos na pousada, chegaram 4 chineses de moto, com placa de Ciudad
del Leste. Que perigo! Kkk
Banhos
tomados, fomos jantar numa pizzaria que não lembro o nome, acompanhados de mais
umas geladas.
No
domingo, como todos tinham que retornar as suas cidades, acordamos mais cedo.
Mas papo vem, papo vai, saímos de Urubici umas 11:00. No retorno resolvi pegar
uma estrada de chão: Urubici > São Joaquim > São José dos Ausentes >
Bom Jesus > São Francisco de Paula > Porto Alegre.
A
estrada entre São Joaquim e São José dos Ausentes é de chão, em torno de 71km,
mas vale muito à pena. As paisagens, as pontes!!! Os primeiros 25 km (até a
divisa entre SC e RS) estão ruizinhos, mas depois melhora bastante.
E
para quem estiver a fim, dá até para fazer um lanche (levando tudo, é claro!),
neste ponto: http://goo.gl/maps/qwPao. À
beira do rio e à sombra!
Por
sugestão do Luis (Blumenau), entramos para conhecer o Cachoeirão dos Rodrigues
e Desnível dos Rios. Mais ou menos por
aqui: http://goo.gl/maps/76XFL
Esses
lugares ficam em torno de uns 25km antes de chegar a São José dos Ausente
(sentido São Joaquim/São José). E da estrada “principal” entra-se em torno de
8km até as fazendas.
E
pelas placas no caminho, têm outros inúmeros lugares para conhecer pela região.
Ou seja, vale muito um passeio até lá. Vamos voltar, com certeza!
De
lá, retornamos até Porto Alegre, sem antes tomar um maravilhoso cappuccino no
Café Tainhas, e, para variar, chegando de noite em casa.
Enfim,
um final de semana maravilhoso. Valeu Luis e Luciana e Luiz e Natasha pela
baita parceira. Espero que seja a primeira, de várias.
E
a ST. Continua do mesmo jeito. É só colocar gasolina e tocar, seja frio, calor,
chuva, buraco, asfalto.
Por
fim, quero agradecer a minha mulher Maira, pela parceria e carinho de sempre.
Seja sol, chuva, frio, calor, estrada de asfalto, chão, rios, ela está ali ao
meu lado, sem fazer qualquer “reclamaçãozinha”. Beijo fofinha! E um beijo a
minha sogra, Luzia, que sempre que precisamos está pronta para ajudar.
Abaixo
algumas fotos para ilustrar.
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"Vamo que vamo"! |
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Os "parente" passeando na "serinha" |