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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Chuva, na saída de São Luiz, em 27/12/2012

Conforme já relatado no respectivo post, a chuva era grande na nossa saída de São Luiz Gonzaga, em 27/12/2012.
Abaixo, um vídeo, para ilustrar.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Acidente - Suncho Corral

Agora podemos contar.
Primeiro, pedidos desculpas a todos que nos perguntavam do Rafa e nós respondíamos que estava tudo bem. É que não queríamos deixar ninguém preocupado.
Afinal, um acidente, ainda que sem graves consequências físicas, exceto uma dorzinha na paleta que o xiru tava sentindo, e um "esfolão" no cotovelo esquerdo, sempre assusta .
Vamos ao fato.
Abastecidas as motos em Suncho Corral, partimos em direção a Santiago Del Estero.
Logo que passa a ponte, entramos na RN 89. Que estradinha! São aproximadamente 31 km de uma mão só. Ou seja, vai e vem pela mesma via, sendo que dos lados é areia fofa ou pedra. Se precisar sair do asfalto rápido, e chão certo, o que aconteceu com o Rafa.
Não recordo direito, mas faltando pouco mais de 10 km para retornar à mão dupla, o Rafa se foi ao chão na areia.
Nós vinhamos atrás dele, uns 50metros, e à frente dele um carro. Na direção contrária, vinha um ônibus. O carro à frente do Rafa saiu repentinamente do asfalto ingressando na areia, o que levantou uma nuvem densa de areia deixando-nos completamente "cegos". Nós não vimos nada à frente, absolutamente nada. Imagina o Rafa. Com isso, o Rafa também saiu rápido do asfalto para o lado direito com medo do ônibus a frente. E ainda rápido, pois sem chance de frear, entrou na "caixa" de areia. Chão, chão, chão, chão!!!.
Como nós vinhamos atrás, deu tempo de frear um pouco para depois sair do asfalto. Embora areia, conseguimos segurar a moto sem cair.
Quando melhorou a visão, olhamos para a frente e estavam a moto e o Rafa no chão. O baú para um lado.
Mas graças ao bom Deus, estava tudo certo, fora, como dito acima,  exceto uma dorzinha na paleta que o xiru tava sentindo e um "esfolão" no cotovelo esquerdo.
Passado o susto, rimos um pouco da situação, arrumamos o baú com os esticadores, e continuamos a viagem até Cafayate, onde o Rafa chegou e foi direto ao hospital fazer exames.
De Cafayate até Salta a moto e o Rafa foram no guincho. De lá, ele foi até Buenos Aires e depois Porto Alegre.
PARA QUE VAI PASSAR NESSA ESTRADA, TOME MUITO CUIDADO.
Abaixo, um vídeo após o acidente, quando já estamos rindo de tudo.



Resquícios I

Resquícios II




19º dia - São Luiz Gonzaga - Porto Alegre

Bueno,

Este trecho fiz sozinho. A Maira veio de carro.
Não fosse uma chuvinha em Espumoso, passageira, a viagem foi tranquila.
Para não perder o jeito, bati umas fotos da Vila Fão que tanto gosto.
Em casa..
Depois de mais de 7300km rodados, não fosse o acidente do Rafa, que contarei acima, e a infecção intestinal da Maira, teria sido perfeito, igual ao ano passado.
Para quem gosta de andar de moto e já viajou, nada há para ser falado. 
E para aqueles que gostam e têm vontade, façam logo, não deixem para depois. Cada quilometro vale à pena, independente do tamanho da viagem, da cilindrada da moto, viajem logo...
Lembro sempre da primeira vez que pensamos em viajar; das primeiras conversas com o grande Emilson.
Agora é planejar a próxima. 
Ushuaia, lá vamos nós!

Chuvinha em Espumoso!

Esperando a chuva passar

Vila Fão



 

Quilometragem final!


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

18º dia - San Francisco - São Luiz Gonzaga

Saímos em torno de 8:30 de San Francisco.
Viagem tranquila, dia mais agradável hoje para viajar. Rumamos em direção a Paso de Los Libres onde sairimaos da Argentina e entraríamos no Brasil por Uruguaiana.
Não fizemos muitas paradas pois queríamos chegar em São Luiz cedo, no começo da noite.
Quando chegamos em Libres o susto com a gentarada na aduana, pensa num mar de gente!!!! Mas falei com o tiozinho que cuidava das filas e disse que andavamos só 2 em uma moto e ele me colocou na fila mais agilizada.
Sem demora estávamos em Uruguaiana! No RS!!!! Em casa!!!!!
Coisa boa. Exceto pela estrada, que nos lembra que estamos no Brasil e que aqui, em matéria de estrada, a coisa é pior.
A estrada não está lá essas coisas entre Uruguaiana e São Luiz.
Chegamos ainda com sol, graças ao horario de verão e ás 21:30 já estávamos com tudo descarregado!

Hotel: o ideal (casa da mamãe)
Valor: não tem preço!


Entrando no túnel do Rio Paraná, entre Santa Fé e Paraná

No túnel

Nuvens coloridas. E nós nem tomamos o chá de coca
no Chile. Que coisa doida!



Lanchinho


Achamos muito estranho essa camionete do Dakar
perdida por aqui.  Que beleza! 



Ponte Uruguaiana
Brasiiiiiiiiiiiil

Meu  Rio Grande do Suuuuuul


Sem gasolina, de novo!

São Luiz Gonzaga

Igreja matriz São Luiz Gonzada


17º dia - Fiambala - San Francisco

Acordamos cedinho pois queremos estar em São Luiz amanha de noite e ainda tem muito chão pela frente.
Nossa idéia era posar em Paraná, mas não deu. Explico:
Como disse, acordamos cedo, preparamos tudo, encontramos o resto do povo no café da manha, ficamos conversando, tirando fotos e na hora de sairmos para abastecer e pegar a estrada o telmo nos avisa: o pneu tá baixo!!
Estava, não só baixo como furado....de novo!
Bem, a cidade ainda estava sem luz, portanto o borracheiro até podia arrumar o pneu mas não tinha como encher...
Sorte que o Marcio andava com uma oficina portátil na moto dele, inclusive com bomba para encher os pneus. Demorou, mas arrumamos tudo e conseguimos sair de lá as 10:00.
O caminho daqui para frente não tem muitas atrações nem novidades, embora ainda tenhamos conseguido ver coisas bem bonitas.
A uma certa altura pegamos um calor infernal de 42°C que pareciam 50! O ar era quente, horrível, desconfio que andamos pelos arredores do inferno!
Por conta do horário, como disse, não fomos até Paraná, pois já estava escuro, estavamos cansados e ainda teríamos que andar mais uns 150 Km. Decidimos ficar em San Francisco, e foi uma boa escolha. Ótima cidade para ficar, tem vários hotéis, restaurantes, é bonitinha e movimentada.
Falando em restaurantes, uns 3 km antes da entrada principal da cidade tem um posto grande à direita e ao ladinho do posto uma Parrilla que parece muito legal, lugar bonito.
Fomos ao hotel que nos foi indicado ali nessa parrila. Bem localizado, classico hotel antigo argentino, bonitinho na frente, cafona nos quartos, mas era razoável e ficamos por ali.
Comemos no Lomitos, que fica bem pertinho e é bom. Tem pizza, prato, petiscos... bastante variações.

Hotel:
Valor: $ 300,00 pesos

Valeu Robson, Guilherme, Marcio e Telmo, pelo ótimo papo e risadas, e pela ajuda (Márcio e Telmo) no conserto do pneu
Grande Hosteria 1/2 estrela. Mas valeu muito..




Estava bem gelada essa Quilmes


E para finalizar, duas bochas de dulce de leche



16º dia - Paso San Francisco

É chegado um dos dias mais esperados desta viagem, o dia de ir de Copiapó à Fiambala pelo Paso San Francisco.
Pra variar, saímos mais tarde do que o planejado. Aqui a primeira dica, saia cedo. Saímos da cidade em torno das 10:00, se tivessemos saído as 7:00, no máximo 7:30 seria perfeito.
Bem na saída de Copiapó, quando vai-se pegar a estrada que entra para o Paso tem um posto, então não precisa ficar procurando posto dentro da cidade, pode abastecer ali.
Ali, também tem a placa enorme que avisa que os próximos 470 Km que levam até Fiambalá não têm postos de abastecimento. Antes que eu esqueça, fomos com o tanque da moto cheio, 24 litros, e levamos 11,5 litros extras.
Começamos então o caminho. No início está bom até, eu já esperava uma pedreira braba, dos 280 Km de rípio que sabia que encontraríamos. No começo está com a estrada parecida com as que encontramos em San Pedro, que já falamos aqui, um compactado de areia e sal que fica bem bom. Nos primeiros      Km ainda tem movimento na estrada pois tem minas por ali, então passam caminhoes e camionetes até que regularmente. O rípio que pegamos logo depois está tranquilo e vai até a aduana onde se dá saída do Chile.
Até aqui o caminho tem partes não muito interessantes e outras bonitas, mas ainda nada de cair o queixo, na minha opinião, que fique bem claro!!!
Ah! Que fique claro que por hora, sou eu, Maira escrevendo, opinião sobre o rípio da caroneira, depois o piloto coloca aqui sua impressões.
Depois de sair do Chile, digo, de onde se faz a papelada, pois a saída oficial é no marco do Paso, tem ainda uns     Km daquele "asfalto" compactado. Logo que entramos nessa fase da estrada encontramos 2 que estavam vindo da Argentina e já nos avisaram que quando terminasse este pedaço viria o brabo do rípio!!!
E ele chegou! Putz, brabo mesmo, muita pedra solta, "caixas" fofas de areia, complicado, são em torno de 70 Km que fazem jus ao que se fala do terreno do Paso San Francisco. Mas, a paisagem vai ficando cada vez melhor, como é lindo!
Montanhas, chega-se alto, aproximadamente 4.600m de altitude, passa-se pertinho de vulcões com neve no topo ainda, montanhas que são cobertas por uma vegetação própria, amarela, que deixa nuxances de cores lindas. As montanhas coloridas aparecem e todo o esforço vale á pena!
No final já desse trecho ainda me terras chilenas está a Laguna Verde, que, para nossa parcial tristeza não estava tão verde assim. O dia estava nublado, o sol não apareceu e não teve o efeito da luz que a deixa verdíssima. Mas digo que a tristeza foi parcial porque ainda assim o lugar é lindo! A Laguna é grande e as montanhas ao redor são lindas! Estava frio por lá, aliás pegamos um bom trecho de frio. Paramos ali, para descansar, comer (eu ainda estou na bolachinha água e sal....) e olhar...só olhar...
Depois de um tempo por ali, resolvemos seguir adiante, mais rípio brabo, umas gotas de chuva e chegamos ao marco, Paso San Francisco!!!! Chegamos, fizemos!!!! Ah, o lugar continua liiiiindo.
Não ficamos muito tempo parados porque o céu mostrava que chuva vinha, e logo, e não parceia pouca! Estava frio...
Ao entrar para o lado argentino aquele visual maravilhoso que nunca, nunca vamos esquecer. Tirando os contra tempos (acabaram as baterias da máquina fotográfica, do meu celular e da Go Pro!!!, ficamos só com o celular do Iuri que não é a melhor câmera que temos para as fotos, mas enfim, foi com ele que tiramos, a chuva veio, vinha nos empurrando, não tinha toda a luminosidade que a paisagem pede), ainda com isso tudo, o lugar é um espetáculo à parte!! Nossa...
São montanhas amarelas, isso, amarelas, elas são completamente cobertas pela vegetação que falei anteriormente, abundantemente cobertas! É uma coisa inexplicável, coisa de agradecer aos céus a oportunidade de poder ver, presenciar aquilo tudo!
A estrada vai "baixando", curvas, não tão acentuadas, tipo "mini caracoles" e lá no fim está a aduana argentina. Ah, esqueci de dizer, o pedaço argentino é todo de asfalto.
Feitos os papéis, autirozados a entrar no país seguimos por aquele caminho lindo, que vai mudando, vem a cordilheira que continua belíssima!
Como falei, se tivéssemos saído mais cedo seria perfeito porque no final do nosso percurso, quase chegando em Fiambala já estava escuro e o caminho ainda é lindo.
Chegamos em Fiambalá com a chuva nos nossos calcanhares e ficamos no primeiro lugar que vimos, tinha 2 motos paradas na frente e pensamos, é aqui que vamos ficar!
Não deu meia hora veio uma tempestade de areia e acabou a luz da cidade. Chegamos na hora certa!!!
As duas motos eram do Robson e do Guilherme, pai e filho, paranaenses, que estão viajando junto e vão fazer o Paso amanhã. Dupla gente finíssima! E ainda lindo de ver, pai e filho fazendo aquilo juntos.
Não demorou muito, chegam mais 2 de moto ali pedindo poso, vinham do Paso e chegaram naquela escuridão!
Eram Telmo e Marcio, gaúchos, que ficaram por ali também.
Passamos a noite sem luz. Sorte que nosso hotel 5 estrelas (tudo bem que esqueceram de colocar 4 e 1/2, andava só 1/2 estrela por lá!) tinha gerador e pudemos ajeitar tudo com iluminação.
Descanso merecido a todos. E a chuva segue lá fora!!
Para informação, a gasolina que tinhamos deu e sobrou tranquilamente. Ah, e o Marcio nos contou que na aduana argentina tem um tiozinho que vende gasolina, não é garantido que sempre tenha mas pra quem está em apuros pode ser uma opção de saída.
Outra coisa, depois da aduana argentina tem um complexo tursitico, com hotel, novo, soubemos que cobram 50 dolares por pessoa e que é bom. Portanto uma opção para quem quiser dormir por ali e não tocar direto até Fiambala.

Hotel: Hosteria Santa Rita
Valor: $ 200,00 pesos

Não precisa dizer nada, né!!!

E que venha o resto.


Tá feia a coisa





O primeiro dos 20 sustos...Aqui quase se foi a chão



Não gostei desta pedra neste lugar..

Notem que a pedra esta mais à direita!

Será mesmo que a neve chega até a ponta desta vareta??


O segundo grande susto. Bem fofinha a estrada














Vou meditar um pouco!





Laguna Verde, que não estava tão verde assim...








É nois..

Essa vai para o porta-retrato

Nas alturas, de novo!

Após o Paso, já na Argentina..Lugar lindo, mas o tempo não estava dos melhores.











Sem gasolina. Sorte que tinha 10 litros no bindon (heheh). Cachorro  mordido por cobra, tem medo de linguiça..