Viagens

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tinha barro no caminho, mas também tinha lindas cachoeiras – Cascata das Andorinhas e do Chuvisqueiro


Vou iniciar este post fazendo uma afirmação que tenho escutado muito ultimamente. Ontem (sábado 24/11) ficou  comprovado que não se pode confiar nas previsões do tempo. De uma previsão para um dia chuvoso,  andamos com um dia muito bonito.
Dito isto, vamos ao que interessa.
A Maira novamente não pode andar. Fomos Eu e o Rafa.
Considerando a previsão - de chuva-, e que o dia iniciou com uma chuvinha fina, quase não saímos. Depois de um vamos, não vamos, resolvemos ir, pois a vontade de andar era grande, e lá pelas 10hs a chuvinha deu uma trégua. Lá fomos nós.
Nossa idéia era verificar algumas coisas nas motos, preparando-as para a nossa viagem do final do ano.
 Eu, em especial, testar mais uma vez a autonomia da moto, agora com baús e também com a bolha nova.
Os baús são Trax, de 37 litros na esquerda, e 41 na direita, e o topcase de 38 litros. Troquei a bolha original por uma da Givi (www.motoatacama.com.br), 13 cm mais alta que a original.
Nosso destino: ir até a cascata das Andorinhas, na cidade de Rolante.
Nos encontramos no posto perto das 11h30min. Após comer o pão de queijo de sempre e um cappuccino, saímos em direção a Santo Antonio da Patrulha.
Em Santo Antonio, almoçamos no restaurante Casa da Colônia, RS 030 "esquina" com a RS 474. (http://www.dacolonia.com.br). Buffet com rodízio de carne a R$ 24,00, com sobremesa.
Tanque cheio (os nossos), partimos em direção a Rolante pela RS 474. Um pouco antes da RS 239, que leva a Rolante pelo asfalto, entramos à direita numa estrada de chão que vai até Rolante. Chegados na cidade, procuramos a estrada que leva até a cascata das Andorinhas.
Embora com algumas poças de água, e partes pedregosas, a estrada é boa.

Depois de certo tempo, começamos a margear o rio, passando por alguns lugares lindos. O rio não estava muito cheio, deixando em algumas partes as pedras à vista, proporcionando uma paisagem belissíma.

Desta vez, tivemos um único erro. Erro não, fizemos um caminho um pouco maior, porque o timoneiro da dupla não obedeceu o GPS por achar a estrada um pouco sinistra!!!! Ou seja, desta o GPS estava certo, nós é que não obedecemos.
Enfim, chegamos à entrada do lugar que dá acesso à cascata das Andorinhas. Tentamos ir de moto até onde desse, mas deu muito pouco. Ah falta que faz um pneu próprio para o terreno.
Nessa tentativa, meu amigo Rafa se foi ao mato. Um trecho com bastante barro e enclinado, acelera aqui, segura ali e o homem parou no mato (é bom dar risada dos outros). “Mas não caí”, vangloriou-se Ele no momento do acontecido. A foto abaixo elucida o acontecido.
Deixamos as motos e seguimos a pé.
Seguimos por uma trilha, onde chegamos numa encruzilhada: um caminho descia, outro subia. Escolhemos subir. Adivinhem: era para descer. Depois de caminhar subindo um 15minutos, achamos que não era o caminho certo. Resolvermos voltar e descer. Caminhamos mais uns 10 minutos numa trilha estreita no meio do mato, e então chegamos à margem do rio. Um lugar lindíssimo. Um rio estreito, mas cheio de pedras, grandes, pequenas e médias, com bastante mata.
Fomos pelas pedras no próprio rio, até avistar uma pequena parte da cachoeira. A primeira visão é espetacular. Difícil descrever tamanha beleza e os detalhes. As fotos abaixo explicam o que gostaria de dizer.
Apreciado o lugar e tiradas todas as fotos possíveis, resolvemos voltar.
Aqui vai uma sugestão: não é um lugar para ir sozinho. Além de não ter nada perto, um lugar para buscar alguma ajuda, a trilha fica no meio da mata fechada, e é necessário caminhar no meio das pedras. E não tem sinal de telefone. Qualquer problema, sozinho será difícil pedir ajuda.
Outra coisa. A trilha não é de nível difícil, mas também não é facinha, em especial depois que se chega ao rio. Seja pelo próprio rio, ou pela margem, tem de ter cuidado, pois se passa por pedras bastante lisas.
Ah, as bostas da Sidi (Sidi Adventure)  e Alpinestar (Alpinestar Scout) são realmente impermeáveis. A foto abaixo comprova.
Feita a trilha de retorno, chegamos as motos.
Andamos não mais do que uns 3 ou 4 km, e paramos num bolicho, onde tinha 5 pessoas. Num primeiro momento, o pessoal ficou meio sestroso, mas depois soltou o sorriso.
Abastecido o camelbak do Rafa, e tomado um Skol bem gelada, porque ninguém é de ferro, hora de pagar a conta.
Neste momento, o xiru dono do estabelecimento me conta que há outra cachoeira bem próxio dali, a do Chuvisqueiro, que fica a uns 4km, e me larga uma: "com essas toca de ninja aí a gente acha que é bandido". PQP, investi numa balaclava x-sensor de última geração pro tio achar que eu sou ninja!!!
Bueno, embora já passasse das 17hs, resolvemos ir até a outra cachoeira. No caminho, passamos por uma barragem muito legal. Tem inclusive uma ponte pênsil (acho que é uma ponte pênsil). Logo que passa a ponte, entrasse a esquerda e segue até a cachoeira. Na estrada já se vislumbra a cachoeira. Belíssima.
Só que para chegar nesta, diferente da cascata das Andorinhas, tem que pagar R$ 4,00. Em razão do horário, resolvemos não entrar. R$ 4,00 para olhar rapidamente! Melhor investir esses R$ 4,00 numa gelada. Ah, no lugar tem um camping.
Voltaremos lá, com certeza, para mostrar as cachoeiras à Maira e à Kellen, e também  porque soubemos que há uma terceira cachoeira muito próximo.
Da cachoeira seguimos direto até Rolante para abastecer.

Retornamos por Taquara, parando em  Cachoeirinha no Fernando para tomar uma Stela geladíssima acompanhada de um cachorrinho quente que só a Karen faz (a pimenta no ponto certo!). Para quem não queria comer nada, tu foi bem, hein Rafa! Agora além de mim, a Karen tem o Rafa de fã!
Embora tudo ótimo, hora de chegar em casa, pois já passava das 20hs. Em razão do horário, nem pude provar a torta que a Karen trouxe. Uma perda lastimável.
Finalizando.
A nova bolha é muito boa. Vale à pena. Faz parar aquele vento que dá tava quebrando bem na altura dos olhos.
A moto foi bem com os baús e um ventinho que pegamos na ida na free way. Alí fez 16,6 km por litro, média de 120 km/h. E no geral, considerando a estrada de chão, 15,6 km/h. Mantendo isso para atravessar o Paso San Francisco, estará ótimo.

Rodamos, no total, 265km.

Abaixo, as fotos.

Pronta para sair

Almoço para encher os tanques

Rico descanso à sombra.

O tempo ainda não estava firme, mas vamos lá!


Início da estrada de chão, com destino a Rolante.

Primeira bela paisagem! 

Vem meu, a bota não desliza não!

Não vo! Vou ficar aqui!
   

Aí, to bonito???


Saída pela esquerda!

É, a coisa tá feia para o nosso lado!

Sábias palavras "1".

Sábias palavras "2"

Sorrindo para a foto!

Será que dá para continuar com esses pneus assim???

Acho que não dá! Deixa ele ir primeiro.


O que ocê foi faze no mato??

"Mas Eu não caí"!
  
Rafa, olha se dá para continuar!


Vamos a  pé então! É por esta trilha que sobe?

Não era. É pela trilha que desce. Tira uma foto aí então!

Agora sim!

É por aqui mesmo?

Claro que é. Bora. Vai lá Indiana Jones.

É era mesmo. Que lugar!

É a cachoeira lá ao fundo?

Éééééée sim, olha lá!

Bora então! Vamo. Tua roupa não é mega, super, hiper impermeável???




Opá. Quaaaase!
   
Tira esta foto looooooogo.

Agora sim.







Ta fazendo o que aí?

Ah, a bota é impermeável!

Não tem ninguém por aqui!

Opa!. Tem sim.

Ah, que alivío! Ainda estavam aqui na volta!

Olha a outra cachoeira láááa ao fundo!

Eta coisa linda!

Pose para a foto.


Precisa dizer algo?

Chegar em casa, nao tem preço!

Chegar e ver que seu cão está lhe esperando ansioso, é maravilhoso!!!