Viagens

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sábado, 7 de janeiro de 2012

12º Dia - Pucón

Acordamos às 5:45, pois o pessoal da agência passaria aqui no hotel para nos buscar às 6:30. Fomos até a agência para pegar o equipamento, conhecer os guias e seguir rumo ao vulcão, que fica a cerca de 10 Km do centro da cidade. No nosso grupo tinha, contando conosco, havia 7 pessoas e 2 guias.
Chegando ao local de início da escalada nos falaram que como hoje o vento estava muito forte, não teríamos a possibilidade de subir os primeiros metros no teleférico, tivemos que sair caminhando já da base.
Depois de nos preparamos, com óculos de sol (a agência fornece para quem quiser aqueles de esqui, bem melhor), muito protetor solar, mangas compridas, enfim, recebemos as instruções dos guias, os nossos eram o Hernand (que iria na frente com os mais rápidos) e o Hector que ficaria atrás do grupo todo para acompanhar os mais lentos. Nos falaram que levaríamos de 4 a 5 horas para chegar à cratera e deram todas as instruções de desistência, retorno, concentração, caminhada, etc.
Começamos. Já no início é subida direto, o terreno é de terra e pedras vulcânicas, é fofo, difícil de caminhar e cansativo, nos avisaram que essa parte é realmente difícil. Ainda tinha o vento, que ajudava na dificuldade. Eu andei acredito que até um pouco mais de 300m e desisti, não deu mais, minhas pernas estavam pesadas já, comecei a ter náuseas, ficar tonta, parei. Esperei com um casal que também havia desistido e um guia que ficou para nos acompanhar. Quando chegamos de volta na base deveria ser umas 9:30-10:00. Conseguimos uma carona para voltar para a cidade, umas horas depois. O Iuri seguiu adiante, vi que antes de eu vir embora eles já haviam alcançado a metade do caminho, haviam andado bastante na neve já, também vimos que várias pessoas estavam voltando, levariam mais ou menos 1 hora e meia para chegar à base. Espero que o Iuri tenha conseguido, estou aqui torcendo. Eles devem chegar de volta na agência por volta das 16:00. Depois disso, ele continua escrevendo e contando como foi a experiência e posta as fotos para vocês.

Bueno, agora soy yo que vos fala

Embora já soubesse que não seria fácil concluir o objetivo conforme e-mails trocados com amigos que subiram todo ou em parte, saí do hotel decidido a atingir o pico do vulcão.
NÃO CONSEGUI. QUE MERDA! E uma das coisas que mais idealizei nesta viagem era subir até o pico.
Talvez o que tenha ajudado ao fracasso, embora tenha subido até faltar 700m para o topo, foi não poder subir de teleférico até certa parte dele. Subir de teleférico encurta em torno de 1 hora de caminhada numa subida íngreme, em zigue-zague, numa terra fofa, fora o sol e calor, uma mochila com toda a roupa, água, comida, fora as botas que pesam uns 2kg cada uma (e depois de algum tempo caminhando, na terra e no gelo, passam para 15kg cada uma).
Subi até mais ou menos uns 2100m, e para concluir, ou seja, andar os 700m, segundo o guia, são necessários em torno de mais 2h30min para se ter idéia do que é subir um vulcão. É uma subida igualmente íngreme, num gelo, embora óbvio, saliento que muito liso, fácil de escorregar e cair “ladeira” abaixo.
Mas mesmo fazendo todo o meu esforço físico e mental, não agüentei mais e tive que pedir para parar. E quando pedi para parar o guia pediu para subir mais um tantinho (uns 50m que pareceram uma eternidade) para poder ficar em segurança. Depois de um descanso, o guia perguntou se queria tentar mais um pouco, mas decidi que não.
Olhar para baixo dali onde eu estava e pensar que tinha que descer dá medo, pelo menos a mim e mais a uns 10 que estavam comigo.
Juro que queria um taxi para descer, porque dá um senhor medo. As perninhas tremiam, e o coração ia saltar pela boca.
Mas como na chegou o taxi, e posar lá não deixa, tive que descer. A descida é de ski-bunda. É igual descer de tobo água naquele tipo que é quase vertical. Se deixar, o negócio desce rápido. Freia-se com o calcanhar e com a picareta.
Enfim, cheguei, acabado mas cheguei.
Hoje levei meu corpinho e mente ao máximo, mas mesmo assim, tive que parar. Medo, na verdade, de não ter forças para descer.

Mesmo que o cume não tenha sido alcançado, parabéns pra nós! É um desafio e tanto, muito esforço, coragem, vontade. Uma experiência que jamais será esquecida!

Dando uma espiada no vulcão antes de sair

Indo para o vulcão

Vulcão Villarica, lá vamos nós

Chegando no parque

Concentração

Começando a subir

Indo...

Maira subindo

Iuri subindo

Até aqui já foi um bom tanto, olha o que falta

Saímos de lá onde estão as vans

Uma idéia do terreno

Já chegando na neve, acima de 1.900m

Olhadinha para baixo...

Iuri acima dos 2.000m

Turma subindo

Neve fofa

Vamos que vamos

Antigo ponto de abrigo, quase metade do caminho

Parecem formigas...

Iuri descansando e registrando o pessoal

Força!


Parada para descanso, mais da metade do caminho

Ainda falta isso pra subir...mais o cume

Hora de parar... 2.200m

Alguém que decidiu descer... ski bunda funcionando

Arriba!

Na descida, registrando o caminho

Idéia da altura que foi percorrida

Quase na base de volta

21:30 em Pucon... Luz ainda

Brindando os desafios do dia

A recompensa pelo esforço!

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